Vamos começar com o significado da palavra bondade, do latim bonidate, qualidade de quem tem boa índole. Ter bondade é ser benevolente, ser amável e procurar ajudar o próximo.

Imaginemos poder todos os dias agir com benevolência e receber. Imaginemos!

Façamos um pequeno humilde exercício: Procure em sua memória, qual foi a última vez que agiu com benevolência? Quando foi? Em que contexto ocorreu, horário, consegue trazer à memória o clima do momento? E, quando foi que recebeu uma atitude de benevolência? Fomos capazes de lembrar que tal atitude era um traço do amor de Deus naquele momento para nós? Naquele dia, naquele clima, naquele contexto?

Pode ser que o exercício tenha sido relativamente tranquilo, contudo, o inverso pode ter ocorrido, pois quando, para o bem de nossas almas, procuramos exercitar a mente para a virtude, esta custa a trabalhar e como sempre procura o mestre da negatividade.

Vamos relatar agora um exemplo interessante e simples, do qual procuramos trazer para este artigo situações reais que mostram a necessidade de viver a virtude da bondade e retratar também o descaso, e certa  passividade, rumo a desumanidade que nossa sociedade atual tem se conformado, aos poucos, para o declínio ao abismo do ser humano.

Encontrávamos em um centro de compras da cidade de São Paulo, estava muito movimentado e fomos  até a praça de alimentação para o almoço. Ao término, nos deparamos com um cenário que nos fez presenciar um ato de benevolência no meio da multidão.

Havia um casal com uma criança de colo que chorava muito, pois haviam terminado o almoço e eles estavam sentados em um lugar que não conseguiam sair, pois era muito apertado. A criança jogou a chupeta ao longe, bem no corredor onde muitas pessoas passavam. Pasmem, ao observar, que várias passavam, desviavam, observavam como se fosse um filme a dificuldade da família e nada, nenhuma atitude. Jovens, crianças, adultos, homens e mulheres, mulheres! Meu Senhor! Como tem faltado caridade e bondade entre as próprias mulheres! Pois, para nossa surpresa, uma senhora de mais ou menos 55 anos parou no meio da multidão, pegou a chupeta e a mulher a gradeceu e disse: Obrigada, imaginei que não iria mais conseguir sair e pegar a chupeta a tempo, tem muita gente, pensei que ia estragar.

Notamos como foi difícil ver um ato de bondade com o próximo, no dia a dia, pois para falar em público,  ou exortar quanto a  bondade,  encontramos muito conteúdo, mas, pouca gente disposta a praticá-la, pois exige amor.

Bondade, bondade, Ah! Bondade, como seria bom viver contigo hoje!

Poder todos os dias com alegria saber que todas as pessoas nos olhariam nos olhos com a  bondade de Cristo, lembrando que cada um de nós somos seus.

Ah! Bondade, bondade! Queremos estar contigo para que a frieza, impávida deste mundo, conheça o verdadeiro amor de Cristo e não mais precisem fingir no virtual o que não vivem no real. Uma vez que a bondade que vem Dele não é ingênua, nem pode ser falsa.

Que a bondade como gota diária nos costumes e modos de nossas vidas, possa ganhar a batalha e encher o mar, gota a gota, com gentileza, alegria, companheirismo, caridade, magnitude, comunicação, meiguice. Que nossa bondade possa ser trabalhada na força da oração, fazendo brilhar cada gota do suor de Nosso Senhor. Assim, a bondade será como um pequenino instrumento divisor de águas separando a revolução da contra revolução.