Todos nós já vimos uma porta, certo? Sabemos, é verdade, para que serve e que em todo lugar (praticamente) é possível encontrar, bem como passar por uma. A finalidade das portas? Pois bem, trancadas, elas oferecem uma missão de guardiãs; abertas, elas oferecem “passe-livre” para todos que por ali trafegam.
O que têm, pois, as portas e a admiração? Pensas que essa é uma pergunta tola? Tu respondes “nada”, mas os santos dizem “tudo”. “Como assim?” é o que perguntas agora? Pois bem, a admiração não é como uma porta, ela é uma porta! Ou melhor, A porta, afinal, aquilo que ela guarda é demasiadamente precioso: a nossa alma.
Sim, Deus colocou nas almas humanas uma porta a qual acessa diretamente à nossa alma, diretamente à nossa essência. Fica, agora, a seguinte pergunta: quem ou o que tem passado por ela? Quem ou o que tem o “passe-livre”? Por fim: a quem entregamos as chaves desta nossa porta?
Não, não é uma simples passagem, pois a diferença está na seguinte verdade: tudo o que por ela entra fica; tudo o que por ela passa permanece e, por consequência, modifica. Como afirmaram as grandes almas da história: “A admiração é a porta de toda a grandeza. É impossível eu admirar algo sem que a grandeza daquilo de algum modo não entre em mim. A admiração é olhar para algo com entusiasmo, compreendendo a grandeza desse algo e, por causa disso, amando-o. As Almas capazes de admirar são capazes de se dedicar.” (Dr. Plínio Corrêa de Oliveira).
Assim sendo, a admiração é a porta da alma e a pessoa que admira passa a ser, a curto ou a longo prazo, o objeto admirado. O objeto de admiração é bom, belo e verdadeiro? Pois, então, tornar-se-á bom, belo e verdadeiro como ele. No entanto, o objeto admirado é mau, feio e falso? Então, assim, também tornar-se-á como ele. É preciso entender: admirou? Entrou na alma!
A alma que abre a porta da admiração para o correto objeto é, pois, uma alma maravilhável: e uma alma maravilhável é uma alma maravilhosa, capaz de fazer maravilhas, como ensinou Monsenhor João Clá.
Cuidemos, pois, do que passa e do que deixa de passar por essa via de acesso livre à alma. Quando encontrarmos o ideal objeto de admiração, não fechemos nós a porta.
Respostas de 9
Encantadora reflexão!
Admirei sua reflexão! E abro a porta para minha modificação.
Escritora admirável!
São matizes lindas de uma alma maravilhada, que é também inocente, pois me parece isso: uma alma inocente admira e se torna maravilhosa! Obrigada pelas belas palavras e reflexões.
Maravilhoso artigo! Quero ser também uma alma aberta a admiração !
Que reflexão belíssima, Isabela! A admiração, sendo a porta da alma, nos convida a escolher com sabedoria o que permitimos entrar em nosso interior. Como bem diz Dr. Plínio, aquilo que admiramos nos transforma—para o bem ou para o mal. Que possamos, então, cultivar em nós a admiração pelo que é verdadeiro, belo e bom, tornando nossas almas cada vez mais maravilháveis e maravilhosas!
Quanta admiração sinto por você! Reflexão maravilhosa ❤️
Simplesmente linda sua reflexão! Parabéns!!
Texto belíssimo!