A mãe deve ser o sol, o equilíbrio, a bússola de um lar. De que maneira? Buscando a perfeição interior, cultivando virtudes cardeais, virtudes teologais e sabedoria. A busca das virtudes fortalece a mãe, reflete na formação dos filhos, no convívio e aperfeiçoamento do cônjuge.

Uma mãe prudente tem escolhas justas e equilibradas e assim orienta seus filhos. A mãe de Dom Bosco, Margarida Occhiena, tirava de todas as situações ensinamentos para seus filhos ajudando-os na análise sobre o certo e o errado, sobre o bem e o mal, o justo e o injusto.

Uma mãe justa conhece seus filhos, seus temperamentos, suas necessidades, seus pontos de possíveis quedas e os ajuda, moldando-os e dando-lhes o que lhes é devido para alcançarem a santidade. Santa Zélia Guérin dirige-se a todas as suas filhas com o desejo de vê-las santas reprimindo-lhes as menores tendências defeituosas. Maria Celina Martin sobre a sua irmã Leônia menciona: “Tal sucesso sobre um temperamento difícil e pouco favorecido pelos dons da natureza, foi considerado como a obra-prima de uma mãe enquanto educadora.”

Uma mãe forte não desiste de sua missão quando se vê provada, porque sabe que a fortaleza vem do alto. A morte do esposo da Beata Maria Concepción Cabrera de Armida deixou-a desamparada com seus oito filhos, porém valente. Em seu diário escreve: “Hoje, meu filho mais velho completa dezesseis anos. Embora eu tenha superado, tenho momentos muito difíceis e minhas lágrimas correm muitas vezes, sem poder detê-las. Meu coração de carne tem mil memórias tristes, sofre e bebe da dor em grandes goles. Bendito seja o Senhor por tudo!” Um espírito de força é o que confia no Senhor!

Uma mãe temperante sabe equilibrar suas emoções e cumprir com suas obrigações de estado. Santa Gianna Beretta Molla soube equilibrar sua vida como médica e mãe de família. Adoecendo de câncer, decidiu continuar com a gravidez de seu quarto filho e não se submeter a um aborto para salvar-se. A vontade ordenada para um bem maior.

Uma mãe de fé transmite aos filhos o sentido da vida nesta terra, ou seja, o de conhecer, amar e servir a Deus, tornando-os livres para se necessário for, serem mártires. No Antigo Testamento temos o relato de uma santa família mártir pronta a morrer para não violar a lei de Deus. Uma mãe e seus sete filhos, um a um martirizado. A mãe após ver seis filhos torturados e mortos diz ao restante: ”Não temas este carrasco. Ao contrário, tornando-te digno dos teus irmãos, aceita a morte, a fim de que eu torne a receber-te com eles na Misericórdia.” II Macabeus 7, 29.

Uma mãe deve manter a esperança nos filhos de que vale todo sacrifício na vida terrena para estar junto de Deus Pai na vida eterna. “Eu não vos tornarei felizes neste mundo, mas no outro.” Nossa Senhora de Lourdes à Santa Bernadette Soubirous.

Uma mãe caridosa é generosa com os seus e com os outros para honrar a Deus. Uma mãe caridosa reza pelas misérias humanas de seus filhos, de seu próximo e não se sente superior a ninguém. Santa Margarida da Escócia, modelo de rainha e mãe de oito filhos, quando não podia dispor do tesouro real, vendia suas joias pessoais para ajudar os necessitados; durante a quaresma, servia e alimentava centenas de pobres no castelo atendendo suas necessidades e curando-lhes as feridas com suas próprias mãos.

Uma mulher pode tornar-se uma mãe virtuosa se tiver Deus como alimento e razão de sua vida. Fazer o bem por amor a Deus, doar-se, esquecer-se de si é o que uma mãe cristã deve dar e guardar no coração de seus filhos.

“De mamãe eu amava o sorriso,

seu olhar profundo que dizia:

“a eternidade me atrai, me extasia,

irei para o belo Céu ver a Deus!

Vou encontrar na Glória sem fim

A Virgem Maria e meus anjos enfim

das filhas que ficam sem mim

a Jesus ofertarei a dor, e o amor”.

Santa Teresa do Menino Jesus