Paz sobre a terra, justiça e caridade!

Sim! O belo é a total perfeição de Deus!

Como, neste século, podemos buscar o belo? A perfeição?

Há uma solução! Retornar ao belo da sacralidade.

Essa busca deve começar pela nossa casa. Mas, como faço para elevar minha alma a Deus em meio ao cotidiano?

Com imagens sagradas, orações, objetos de piedade. Sim, isso é possível!

Será necessário gastar muito? E se não tenho a casa dos sonhos!

Nossa! Como seria belo morar em um castelo medieval, ou entre os jardins da Áustria, onde reis e príncipes moraram! Mas estamos no Brasil, talvez interior do estado de São Paulo, uma realidade bem diferente. E agora? Vamos desistir? Não!

Um Católico Apostólico Romano nunca desiste! Sempre persiste. Desanimar, jamais!

Vamos ao ponto: A arte na casa, nos ambientes comuns, nas famílias de hoje.

Famílias numerosas ou não, com filhos ou sem, em casas grandes ou pequenas, o lar é o lugar onde o belo, a harmonia e o esplendor devem habitar.

Qual a importância da harmonia nos objetos, nos quadros, nos móveis? Ela reflete a harmonia da alma.

Comecemos pela limpeza e pela ordem, como na paisagem do mar:  tudo se encontra e harmoniza – a cor, o movimento da água, o som, a ilha. Cada coisa em seu devido lugar.

Nosso interior também precisa de ordem: confissão, rosário, missa, sacramentos. Cada um conforme seu estado de vida.

A casa é também o lugar onde surgem as crises: conjugais, físicas, doenças, má alimentação, tristezas, solidão, abandono, entre tantas outras. Mas vivemos um dia de cada vez.

O ontem já passou. O futuro pertence a Deus. O que não consegui ontem, tento hoje.

A batalha da nossa vida cotidiana se dá desde o despertar até o recolher.

Batalhas para ordenar o “eu”, a rotina, o cotidiano, a limpeza da casa, a educação dos filhos…

Meu Deus, como fazer?

Sim, pedir auxílio de Nossa Senhora a todo momento. Entregar cada tarefa a fazer, ou ao executá-la oferecê-la: pelos nossos pecados, pelos nossos filhos, familiares, almas do purgatório, e principalmente pelos religiosos e sacerdotes.

Deus é ordem. Deus fez tudo ordenado. Sua natureza perfeita. Tudo que Deus fez e faz, é belo.

Percebemos isso quando mudamos de rotina e estabelecemos a limpeza: ela gera tranquilidade, amor, paz e beleza. A limpeza traz, como uma onda do mar, outras virtudes.

Mas quando deixamos a vida nos levar pela preguiça e outros vícios, a “onda” carrega sujeiras. E demora dias para o mar se limpar.

Assim é uma alma desordenada, a casa suja, a vida desorganizada: demora a voltar ao equilíbrio, como  quando o mar está revolto e a areia cheia de sujeiras.

Nossa casa, nossa vida, deve ser assim também: restabelecida na confissão – se possível, semanal – e com a casa física e emocional organizada.

Assim, devo eu também, onde quer que esteja, tentar harmonizar com limpeza, beleza, movimento e som – dentro do meu estado de vida e do papel que exerço na sociedade. Tentar, o quanto possível, estabelecer um ambiente: agradável, acolhedor, justo, amável, silencioso, mas alegre.

Para assim chegarmos à restauração total da inocência, onde adentraremos ao Reino de Maria.


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Respostas de 2

  1. O artigo é uma joia de espiritualidade e sensibilidade estética, um verdadeiro cântico à beleza divina que se revela no cotidiano. Com uma linguagem poética e inspiradora, ele nos conduz por um caminho de elevação interior, mostrando que o esplendor de Deus pode – e deve – habitar até mesmo as casas mais simples. A sacralidade do lar é apresentada como resposta luminosa à desordem do mundo, e a beleza, como reflexo da ordem divina, torna-se meio eficaz de santificação. É um convite sublime à restauração da alma pela harmonia do ambiente, pela oração constante e pela confiança filial em Nossa Senhora. Um texto que encanta, move e transforma.

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