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SEJA O QUE O SEU FILHO TEM QUE SER NO FUTURO

    Vem sendo notado um aumento na preocupação de como educar os filhos, o que fazer para que essa educação seja eficaz. E essa preocupação não abrange mais somente o âmbito intelectual, mas vem abrangendo também o âmbito moral e ético, onde a preocupação dos pais esta em saber se os filhos farão escolhas coerentes, justas e sensatas quando adolescentes e adultos. Antes, a preocupação dos pais era proibir os filhos de saírem de casa e terem más companhias. Hoje, trancados em casa sem nenhuma companhia, se tornam indivíduos piores do que aqueles que tiveram acesso as más companhias. As telas, os jogos, a internet, tudo de ruim está nas mãos das crianças enquanto os pais acreditam estar seguros dentro de casa. E, para a alegria da humanidade, também vem sendo notado muitos pais despertando desta ilusão da falsa proteção, pais que perceberam o mal que a modernidade vem causando aos jovens.

    Estudos mostram que, atualmente no Brasil, 12 milhões de jovens nem estudam e nem trabalham, passam o dia sendo servidos pelos pais enquanto são vítimas da internet. Culpa deles? O que esperar de um jovem que sempre recebe tudo nas mãos, que não sai da frente da TV nem para tomar água, bastar gritar: manhê! Depois, quando chegam na adolescência, os pais querem que eles criem autonomia do nada, pensam que da noite para o dia vão amadurecer só porque estão se tornando adultos. Não vão! E a culpa é de vocês pais.

    O primeiro procedimento a ser utilizado em uma boa educação é o EXEMPLO. O exemplo arrasta, o exemplo converte. Os pais devem ter vida exemplar, uma vez que os filhos absorvem muito mais vendo do que ouvindo. Os filhos, ainda quando pequenos, tornam-se cópias dos pais pelo simples fato da imitação. Uma professora de educação infantil conhece muito bem os pais de um aluno sem nem ao menos ter conhecido esses pais, somente pela maneira de se comportar dos filhos. O ser humano é imitador. Na maioria das vezes, a criança vai formar seu caráter em cima dos pensamentos e exemplos dos pais. Por isso é essencial usar da vida exemplar, se deseja que seu filho seja de determinada maneira, seja você primeiro, se esforce para isso, para adquirir virtudes, deixar de lado os defeitos e vícios. A vida exemplar deve ser usada como recurso educativo dentro dos lares. Seja o que o seu filho tem que ser no futuro.

    Seguimos para um segundo procedimento que é a FLEXIBILIDADE. A flexibilidade na educação deve auxiliar o exemplo. Uma mãe com vários filhos sabe que a mesma maneira de ensinar uma atividade para um filho melancólico não vai funcionar para o filho colérico. Existem temperamentos humanos, o modo de ser de capa um, o tempo de evoluir. Uma regra utilizada pelo bisavô não vai funcionar na vida moderna, por isso a flexibilidade vem para dar sentido aos exemplos. Quando os pais usam da mesma regra para todos os filhos, tem a impressão de que a educação não esta funcionando e não sabem onde falham. E muitas vezes é questão apenas de saber utilizar de táticas educacionais. É muito importante que os pais busquem conhecer sobre os temperamentos, isso vai ajudar muito em como ser flexível com cada filho e até no momento da punição. O mesmo castigo não funciona para todos; coloque uma criança sanguínea para pensar no quarto, em 5 minutos ela vai estar brincando com as emendas do piso no chão, enquanto a mesma situação com uma criança melancólica será relembrada por uns 3 dias. Assim como tem crianças que não reagem bem a determinadas correções muito afetivas, se um pai corrigir um colérico com abraços e beijos, logo esse colérico já sabe quem manda. É importante que os pais sejam preparados e astutos para cada situação, pois quando chegar a adolescência esses filhos começam a querer certas autonomias em determinados assuntos e os pais não vão poder impor regras o tempo todo. Devem deixá-los começar a ser adultos, mas com uma vigilância distante e bem marcada, frequente presença dos pais mostrando interesse pelas escolhas deles, orientando pelos exemplos e sendo flexíveis nas correções. É nesta fase que muitos pais perdem os filhos para o mundo, pois tornam-se mais rigorosos do que quando eram crianças. E por falta desta benquerença dos pais, por falta de diálogo, de conversas amigas e trocas de opiniões onde os filhos se sentem confiantes nos primeiros passos de sua autonomia, eles vão buscar fora o que não encontraram nos pais.

    Seguimos para mais um pilar: o ESTUDO. Para educar bem os filhos, os pais precisam estudar, precisam aprimorar o exercício da autoridade, precisam entender de temperamentos. A educação é uma vocação, os pais precisam saber o que transmitir e como transmitir. A busca de conhecimento gera no filho a virtude da humildade, quando um pai não sabe e diz: meu filho não sei, mas vou pesquisar e te repondo; o filho absorve a virtude da humildade de que não saber não é vergonhoso, o pai se mostra baixo, mas com autoridade. Estudo sempre.

    E caminhando junto com a flexibilidade temos a OBSERVAÇÃO. Os pais devem estar o tempo todo observando tudo ao redor dos filhos, sabendo completar cada lacuna ou podar cada excesso. A criança não tem juízo das coisas, ela ainda não é capaz de formular se o cenário ao seu redor é bom ou ruim e vai imitar. Cabe aos pais fazer as escolhas dos lugares, das escolas, lugares de boa moral, saber se liberam celular no intervalo, que faixa etária de crianças ficam junto do seu filho, quanto tempo o filho fica sem supervisão de adulto na escola… tudo deve ser minuciosamente observado.

    Existem estudos que mostram que o hipocampo de uma criança (região do cérebro responsável pelo aprendizado e memória) que tem mais convivência saudável com os pais fica mais aberto, propenso a um maior aprendizado e a ser mais inteligente. Já em crianças que não convivem com os pais, o hipocampo mantem-se fechado por segurança, como se a criança fizesse um bloqueio para o mundo. Então, os pais devem estar o tempo todo ao lado dessas crianças na fase infantil, devem observar os comportamentos, os conhecimentos trazidos de fora, a própria imaginação da criança deve ser regrada (em caso de crianças muito lúdicas) para que não sejam adultos sonhadores que se frustram por não conseguir realizar o que sonham. Tudo isso se controla através da observação.

    E para completar devemos ATUAR. Não tem como a educação dos filhos acontecer se os pais estiverem acomodados, deixando o fluxo levar a educação pelas circunstâncias do mundo. É muito importante, do ponto de vista da neurociência, que os pais estejam o tempo todo falando com os filhos. Na fase infantil, a apetência da criança é aprender, é a curiosidade, é a fase dos “porquês” de tudo. E os pais devem aproveitar todos os momentos para explorar o diálogo entre eles, mostrar tudo ao redor, explicar tudo: olha a lua, olha o arco-íris, isto é assim, isto é assado… isso faz com que a criança cresça procurando os pais para qualquer dúvida e assim os pais atuam orientando e guiando nos caminhos. Os pais tornam-se fontes de verdades. A criança não absorve uma repreensão fruto de uma explosão temperamental, e ela percebe que os pais apenas descontaram uma raiva em cima dela. Toda repreensão deve ser vista como fruto de amor, por mais severa que ela seja, o filho tem que entender que esta sendo feita para o bem dele.

    A realização de atividades com as crianças, estar nas brincadeiras, isso ajuda os pais a perceberem as palavras que os filhos vêm dizendo, as atitudes que vem tomando pois é nos momentos de descontração e brincadeiras que as crianças se soltam e exprimem de maneira inconsciente o que estão vendo por aí. Os pais devem dar importância para as dificuldades que os filhos apresentam mesmo que pareçam muito simples. Devem ajudar a resolver e não perder a oportunidade de estreitar sempre a amizade com o filho. Quando essa troca não acontece, a adolescência chega e os problemas desta fase não são mais levados aos pais, porque não tiveram esse apoio nas coisas menores, daí acabam procurando no mundo a solução de seus problemas. Os pais que permitem e dizem sim para os filhos o tempo todo formam filhos caprichosos e mimados. A vida vai lhe dizer muitos nãos e é importante que eles já saibam lidar com essas frustrações desde cedo dentro de casa. Os pais percebendo certos caprichos dos filhos (como ganhar um doce em toda ida ao supermercado, brincar fora de hora, escolher uma roupa não adequada para a ocasião…), já devem por situações de negação para formar este caráter.

    O êxito da educação dos pais está em a criança fazer sozinha o que faria na presença deles.

Fontes consultadas:
1. Podcast 5 maneiras de educar o seu filho de modo eficaz – https://youtu.be/IH0GEzZ2SSw?si=BnR9U0YEthld5xtr
2. Jornada de educação 4 hábitos e 5 estrelas da orientadora familiar Adriana de Abreu


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