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Maternidade: ser e viver um caminho para Cristo

Estamos vivendo as graças de segunda-feira termos celebrado solenemente a Anunciação da Santíssima Virgem Maria. Aquela que era virgem concebeu e deu a luz a um filho, Nosso senhor Jesus Cristo. Pois bem ela é nosso modelo de mãe e ao mesmo tempo a estrada reta que nos conduz a Ele.

A palavra maternidade oriunda do latim medieval maternitas-atis, mater madre além de mãe, matriz. Do dicionário da Língua portuguesa: 1- Qualidade ou estado de mãe, 2- Estado de gravidez ou gestação, 3- Laço de parentesco que une mãe e filho, 4- Estabelecimento hospitalar público ou privado que cuida de mulheres no último período de gravidez, 5-Tratamento dispensado as religiosas que são madres.

Mediante a definição proposta acima, queremos destacar que ser envolve todo laço de amor da mãe desde a concepção do filho, inclusive na palavra.

Durante a gestação a mãe desenvolve um laço de amor para além do alimento, ama seu filho na alma dia após dia, espera e assim já se estabelece o laço. Reza com seu filho, já no ventre, e assim mesmo que não batizada a criança, podemos dizer que sente o amor de Deus por meio do amor de sua mãe. Nasce a criança e assim se desenvolve é batizada e começa sua vida. A maternidade continua, na primeira infância com base para o desenvolvimento completo da criança, e assim as fases vão mudando. Neste período parece que tudo é eterno e nada passa tão rápido. Mas a vida é um instante com fim para a eternidade. 

As santas da Igreja católica e Nossa Senhora sabiam disso. Dividiam esse instante com profundo amor sincero, não ficavam preocupadas com aparência de vida virtuosa, mas com a virtude em si. Compartilhavam conversas com o coração e a razão presentes no momento sem medo de dizer o que viam ou sentiam a cada prova da vida. Por exemplo, Santa Ana não escondeu a dor da esterilidade e pediu a Deus por filhos quando viu seu esposo sofrer tanto. Santa Mônica teve três filhos, e só um santo, um filho difícil e depois de 30 anos de orações e sofrimento, tivemos nada mais e nada menos que Santo Agostinho. Santa Helena mãe do imperador Constantino, sofreu humilhações pelo esposo, viu seu esposo casar-se com outra mulher por motivos políticos e ainda tinha vários outros filhos fora do matrimônio, ela suportou tudo para cuidar do filho.

Todas seguiram o caminho de Nossa Senhora, a união de dar aos seus filhos o essencial, o amor de Deus na verdade, na essência de todas as coisas. Se nos colocamos com laços de amor essencial verdadeiro e claro, nossos filhos, familiares, receberão o fruto concreto da maternidade, a união e a propagação do Amor de Deus. Podemos sempre mostrar nas atitudes o que representamos com palavras, assim nossos filhos e nossos familiares saberão e experimentarão o laço unitivo da maternidade que dá os frutos do amor de Deus. 

Na pratica é a virtude de ouvir mais, rezar mais, promover momentos em família que transborde o amor de Deus, caprichado, alegre, festivo, acolhedor e para isso viver um certo martírio, das vontades, dos respeitos humanos. Neste contexto celebrar a pureza do amor na vida das crianças e das famílias. 

Será que estamos dispostas a esse martírio? Dar nosso tempo e nossa vida a nossos filhos em primeiro lugar? Pois o mundo sofre como uma mulher em dores de parto a gemer.  Será que estamos dispostas a abrir nosso coração aos nossos filhos, ou temos medo de que eles descubram como realmente pensamos? Temos medo de errar diante de nossos filhos, mas queremos ensinar que Deus é misericordioso. Nossos filhos feitos a imagem e semelhança de Deus e com a graça em sua potência, conseguem ver a incoerência nisto.

Infelizmente trago um exemplo triste de coerência, uma criança filho de um criminoso disse admirar seu pai pois ele dizia para a criança a verdade, dizia que roubava. A pessoa que questionou e ouviu a criança dizer que admirava o pai que era ladrão, fez esta retificar que não o admirava por ser ladrão mas por dizer e fazer o que dizia.

Ensinamos os mandamentos aos nossos filhos, mas logo no primeiro demonstramos nossa incoerência, pois amar é confiar. 

Agora vou dar um exemplo belo da virtude de uma mãe católica!

Ajoelhando-se junto à cama de Dona Lucilia que acabara de falecer Dr. Plinio Corrêa de Oliveira osculou inúmeras vezes sua fronte e suas mãos. Chorou copiosamente nos primeiros momentos, sentou-se depois numa poltrona próxima e explicou a alguns amigos ali presentes o motivo pelo qual ele lhe devotava tão grande amor: “Ela era verdadeiramente uma senhora católica… Ninguém pode imaginar o bem que ela me fez… […] Mamãe me ensinou a amar Nosso Senhor Jesus Cristo, ensinou-me a amar a Santa Igreja Católica.

Quanto melhor seria o mundo de hoje se fosse grande o número de mães que ensinam seus filhos a amar Nosso Senhor Jesus Cristo e a Santa Igreja como fez Lucilia Ribeiro dos Santos Corrêa de Oliveira!

Oração de uma esposa e mãe
Ó Maria, Virgem puríssima e sem mácula, casta Esposa de São José, Mãe terníssima de Jesus, perfeito modelo das esposas e das mães, cheia de respeito e de confiança, a Vós recorro e com os sentimentos da veneração, a mais profunda, me prostro a vossos pés e imploro o vosso socorro. Vede, ó puríssima Maria, vede as minhas necessidades, e as da minha família, atendei aos desejos do meu coração, pois é ao vosso tão terno e tão bom, que os entrego. Espero que, pela vossa intercessão, alcançarei de Jesus a graça de cumprir, como devo, as obrigações de esposa e de mãe. Alcançai-me o santo temor de Deus, o amor do trabalho e das boas obras, das coisas santas e da oração, a doçura, a paciência, a sabedoria, enfim todas as virtudes que o Apóstolo recomenda às mulheres cristãs, e que fazem a felicidade e ornamento das famílias. Ensinai-me a honrar meu marido, como Vós honrastes a São José, e como a Igreja honra a Jesus Cristo; que ele ache em mim a esposa segundo o seu coração; que a união santa, que contraímos sobre a terra, subsista eternamente no Céu. Protegei meu marido, dirigi-o no caminho do bem e da justiça; pois tão cara como a minha me é a sua felicidade. Encomendo também ao vosso materno Coração os meus pobres filhos. Sede a sua Mãe, inclinai o seu coração à piedade; não permitais que se afastem do caminho da virtude, tornai-os felizes, e fazei com que depois da nossa morte se lembrem de seu pai e de sua mãe e roguem a Deus por eles, honrando a sua memória com as suas virtudes. Terna Mãe, tornai-os piedosos, caritativos e sempre bons cristãos, para que a sua vida, cheia de boas obras, seja coroada por uma santa morte. Fazei, ó Maria, com que um dia nos achemos reunidos no Céu, e ali possamos contemplar a vossa glória, celebrar os vossos benefícios, gozar de vosso amor e louvar eternamente o vosso amado Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso. Amém.


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