Já não é de hoje, que a família vem sendo extremamente atacada, só não enxerga quem já está embebedado com o veneno revolucionário. Estes ataques que sofremos diariamente, se manifestam de diversas maneiras: seja na naturalidade com que tratam o divórcio, ou até incentivam-no, seja na depravação moral, nas uniões livres e de todas as formas ou até na perversão da educação de nossos filhos. Não precisamos passar muito tempo nas redes sociais, para nos depararmos com notícias grotescas de crianças sendo instruídas por professores de que não precisam se quer comunicar aos seus pais caso desejam optar por uma mudança de gênero, ou ainda pior, são expostas a uma sexualidade exacerbada e depois são ensinadas a matarem seus filhos ainda no ventre, a não se submeterem a um casamento ou a um esposo. Os homens por sua vez, estão sendo criados para serem sensíveis, vaidosos, fracos e metrossexuais. Diga-me, qual família conseguiria perdurar diante de um pai sensível que não protege sua família, não tem pulso e força para acolher e carregar sua esposa nas horas mais difíceis da vida, como por exemplo, o parto, ou na doença de seus pais, e qual marido viveria em paz tendo uma mulher ao lado que só reclama, briga por seus direitos no ambiente de trabalho e se ausenta do seu maior dever, que é o de edificar os corações de seus filhos? Como crescerá a mente e a fé destes pequeninos? Vemos em muitas famílias atualmente, os avós fazendo o papel de mãe, a mãe querendo ser o marido, e o marido por sua vez, fugindo pela tangente, enquanto desfruta dos prazeres carnais, já que não consegue se sentir feliz e realizado dentro do próprio lar, afinal, sua esposa já faz suas vezes.
As mulheres deste século, não foram criadas para serem boas mães, muito menos para serem boas donas de casa ou boas esposas. Não fomos criadas para servir a família muito menos para servirmos a Deus. Fomos criadas para sermos rebeldes sem causa. E quando chegamos na idade adulta, percebemos de que tal rebeldia só nos serviu para nos afundar em uma verdadeira lama movediça!
Não adianta culparmos nossos pais e a sociedade por nossos comportamentos ou analfabetismo funcional, é preciso lutar com unhas e dentes contra esta realidade. Apesar de Deus ter nos infundido com o Dom da maternidade, quando nasce um bebê, a mãe não está pronta, salvo as mães que sempre foram santas, mas nem todas nós recebemos gratuitamente dos céus o conhecimento da ciência da educação, visto que normalmente não recebemos como presente aquilo que temos meios para obtermos por nossos próprios esforços. O amor materno é o primeiro agente da educação, mas é necessário buscar o conhecimento para não sermos confundidas sobre o que é bom, belo e verdadeiro para nossos filhos. Pois a Revolução é tamanha, que podemos ver inúmeras mães amorosas oferecendo o pior aos seus filhos, mas convencidas de que aquilo é o apogeu da educação.
Para a formação de grandes santos homens, estes tiveram grandes mães, e Deus não se cansa de nos mostrar isto.
Temos conosco inúmeros exemplos: Nossa Senhora e Nosso Senhor Jesus Cristo, Mama Margarida e seu filho Dom Bosco, Santa Mônica e seu filho Santo Agostinho, Santa Zélia e sua filha Santa Teresinha, Santa Helena, mãe do Imperador Constantino, Dona Lucília, mãe de Dr. Plínio. Que elas sejam nosso exemplo, mães que criaram seus filhos por si mesma e não delegaram seu mais importante dever a pessoas indiferentes ou a instituições.
Para a fabricação de calçados ou casas, para gestão de um navio ou de uma locomotiva, é necessário um longo aprendizado. Será então, que para a formação de um ser humano, composto de corpo e alma, é um processo tão comparativamente simples, que qualquer um pode supervisioná-lo e regulá-lo sem qualquer preparação? Se toda autoridade vem de Deus e Ele te presenteou com a autoridade de Mãe, você pode repassar o seu papel para qualquer outro? Não, essa tarefa é uma das mais complexas desta Terra. É melhor sacrificar qualquer conquista do que omitir a instrução necessária para nossos filhos.
A criança é a esperança do futuro, porque é um pequeno regato, uma pequena nascente, que se poderá tornar num rio majestoso, e isso geralmente será por obra de seus pais, principalmente de sua mãe. Quando nos tornamos pais, podemos dizer que Deus submete um de seus príncipes ao cuidado encorajador de camponeses. Sejamos camponeses que multiplicam os tesouros que Deus concede e não o que os enterra.
Mas por que todos estes ataques as famílias? Quem na humanidade teria um plano tão perverso para destruir a célula fundamental da sociedade? Estaria ultrapassado, porventura, o modelo de família natural? O processo de “evolução” por que passa a sociedade tornaria dispensável a figura do pai, da mãe e dos filhos? Seria este um tempo “super evoluído” de seres “paz, amor e ciência” ? Qual a origem disso tudo?
Sem dúvida nenhuma, isto é um plano de inteligência angélica, de nosso maior inimigo, é claro, um anjo caído. Aquele mesmo que revoltou-se ao saber que uma mãe de família, submissa ao seu esposo, amorosa para com todos ao seu redor, uma mulher dependente do trabalho de seu esposo, que dedicou sua vida pela educação de seu filho e apoio a sua comunidade, se tornaria a Rainha de todos os anjos, o ser criado por Deus, mais importante do céu, e que carregaria o próprio filho de Deus.
Imagine agora o ódio que ele tem de todas as mães, como Dona Lucília, que abraçam sua missão regada de sacrifícios, orações e vigilância?
“Ela era verdadeiramente uma senhora católica… Ninguém pode imaginar o bem que ela me fez… Mamãe me ensinou a amar Nosso Senhor Jesus Cristo, ensinou-me a amar a Santa Igreja Católica” – Palavras de Dr. Plínio sobre sua mãe.
O demônio com suas revoluções de diversas faces (socialismo, feminismo, comunismo, e por aí vai…) busca com empenho retirar dos pais a autoridade em cima de seus filhos e colocá-los à mercê do estado. Dessa forma, vemos a proibição dos ensinos domiciliares, vemos professores mais preocupados em ensinar ideologias marxistas, liberdade de gênero, e tantas outras baboseiras, do que realmente preocupados em lhes passar o real conteúdo do ensino que lhes será útil para a sua formação como ser humano completo.
É por isso, cara mãe, esposa e mulher, que está insistente essa determinação em acabarem com os valores da família e assim valores cristãos. Não é uma evolução para os tempos modernos, mas sim, algo feito de forma clara e inteligente, por aqueles que desejam o poder, que hoje está em suas mãos, através da sua doçura, feminilidade e força materna, que Deus lhe concedeu. Isto se faz tão verdade, que nós, mulheres e mães Católicas Apostólicas Romanas, que defendemos a família, somos tidas como agentes do sistema opressor capitalista. E desta realidade, muitas mulheres ainda cegas e feministas, utilizam o termo pejorativo “família de margarina” para desclassificar as mães que lutam diariamente para manter os valores Cristãos em seu lar.
É através das mãos amorosas de uma mãe e da graça do Espírito Santo, que se conserva uma família e se cria um santo, que pode sim, mudar toda uma geração.
Façamos uso de todos os recursos que temos para que consigamos cumprir nossa missão em um caminho de santidade. Dona Lucília, sabia que precisaria do poderoso auxílio da graça para cumprir bem sua missão, por isso colocou-se sob o manto protetor de Maria Santíssima, a Mãe de todas as mães, e rezava muito! Costumava passar longos períodos de silenciosa oração diante de uma imagem do Sagrado Coração de Jesus. Passava recolhidamente as contas do Rosário e valia-se também de preces contidas em seu devocionário. Para encerrar, compartilho abaixo uma das orações que Dona Lucília rezava e a copiou de próprio punho para memorizá-la:
“Ó Maria, Virgem puríssima e sem mácula, casta Esposa de São José, Mãe terníssima de Jesus, perfeito modelo das esposas e das mães, cheia de respeito e de confiança, a Vós recorro e com os sentimentos da veneração, a mais profunda, me prostro a vossos pés e imploro o vosso socorro. Vede, ó puríssima Maria, vede as minhas necessidades, e as da minha família, atendei aos desejos do meu coração, pois é ao vosso tão terno e tão bom, que os entrego.
Espero que, pela vossa intercessão, alcançarei de Jesus a graça de cumprir, como devo, as obrigações de esposa e de mãe. Alcançai-me o santo temor de Deus, o amor do trabalho e das boas obras, das coisas santas e da oração, a doçura, a paciência, a sabedoria, enfim todas as virtudes que o Apóstolo recomenda às mulheres cristãs, e que fazem a felicidade e ornamento das famílias.
Ensinai-me a honrar meu marido, como Vós honrastes a São José, e como a Igreja honra a Jesus Cristo; que ele ache em mim a esposa segundo o seu coração; que a união santa, que contraímos sobre a terra, subsista eternamente no Céu. Protegei meu marido, dirigi-o no caminho do bem e da justiça; pois tão cara como a minha me é a sua felicidade. Encomendo também ao vosso materno Coração os meus pobres filhos. Sede a sua Mãe, inclinai o seu coração à piedade; não permitais que se afastem do caminho da virtude, tornai-os felizes, e fazei com que depois da nossa morte se lembrem de seu pai e de sua mãe e roguem a Deus por eles, honrando a sua memória com as suas virtudes. Terna Mãe, tornai-os piedosos, caritativos e sempre bons cristãos, para que a sua vida, cheia de boas obras, seja coroada por uma santa morte. Fazei, ó Maria, com que um dia nos achemos reunidos no Céu, e ali possamos contemplar a vossa glória, celebrar os vossos benefícios, gozar de vosso amor e louvar eternamente o vosso amado Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso.” Amém.
Aproveitemos este Natal, para pedirmos esta graça à Maria e ao Menino Jesus, de sermos seus instrumentos e escravos na formação de servos fiéis para Sua Santa Igreja.