A igreja ensina que os primeiros catequistas dos filhos são os pais e é em família que se formam filhos cristãos, ensinando primeiramente o amor a Deus.
Deus deu essa grande e sublime missão aos pais, poder que as famílias têm para santificar e salvar o mundo.
Mas para que os pais transmitam a fé e valores cristãos, eles precisam viver a fé católica, precisam conhecer o catecismo, precisam viver os sacramentos e cumprir os mandamentos. Os pais precisam ser espelhos da Sagrada Família para seus filhos.
Dom Bosco dizia que educar os filhos é “formar bons cristãos e honestos cidadãos”.
É dever dos pais e não da escola, oferecer uma educação correta, para que tenham capacidade moral, aprendam as virtudes e os bons valores. Muitas vezes, as crianças são entregues a um sistema educacional corrompido, por negligência dos pais, que querem terceirizar a educação dos seus filhos.
Deus deu o pai na Terra para que o filho tenha a primeira noção do Pai do céu.
Temos muitos exemplos de santos que tiveram mães ou pais virtuosos, como por exemplo Santo Agostinho e Santa Mônica, Santa Teresinha e seu pais São Luis Martin e Santa Zelia Martin, exemplos a quem podemos recorrer e se espelhar.
Não basta a formação física e intelectual, mas é sobretudo preciso conceder uma educação moral e religiosa.
A preocupação do mundo é formar os jovens para o mercado de trabalho, ter uma carreira brilhante, sucesso profissional, bens materiais e glória terrestre. Se engana o pai que proporcionando aos seus filhos todos esses “benefícios”, acha que estará o educando e declarando seu amor. A educação não consiste somente em prover as necessidades físicas e sociais, mas sim orientar rumo ao seu verdadeiro chamado.
Cuidem por isso os pais e com eles todos os educadores de usar retamente da autoridade a eles dada por Deus, de quem são verdadeiramente vigários, não para vantagem própria, mas para a reta educação dos filhos no santo e filial “temor de Deus, princípio da sabedoria sobre o qual se funda exclusiva e solidamente o respeito à autoridade, sem o qual não podem subsistir nem ordem, nem tranquilidade, nem bem-estar algum na família e na sociedade” (PIO XI, Divini Illius Magistri, Documentos Pontifícios, n. 7, Vozes, Petrópolis, 1956, pp. 29 a 31).
Sabemos que à medida que os filhos vão crescendo, a autoridade paterna vai perdendo forças, os pais já não tem mais ação sobre as decisões dos filhos e o exemplo, conselhos e orações passam a ser as funções dos pais. E é nesse momento que o alicerce que foi construído pela família, desde a mais tenra idade dos filhos, servirá de apoio para a caminhada na idade adulta.
Os filhos que não tiveram um alicerce profundo e bem estruturado, não saberão o que é o temor de Deus e não suportarão nenhuma norma, regra, hierarquia e serão arrastados facilmente por ações contra a Igreja Católica e ofensas à Nosso Senhor.
Amar e dar uma boa formação aos filhos também é corrigir. A correção na maioria das vezes dá uma conotação negativa, no entanto, a correção fraterna deve ser de forma caridosa e paciente, pois a advertência ajuda o próximo a avançar em santidade. Sabemos que no calor dos sentimentos, muitas coisas fogem do controle, mas os educadores precisam com equilíbrio transmitirem confiança.
“Os jovens não só devem ser amados, mas devem saber que são amados. A primeira felicidade de um menino é saber-se amado.” São João Bosco