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A ausência de pais verdadeiros

Nós estamos vivendo hoje numa desconstrução enorme da estrutura familiar, estamos perto de dizer que a família tradicional entrou em extinção. Mas porque isso vem ocorrendo?

A família, como instituição e Igreja doméstica, passou por muitas mudanças e desconstruções ao longo do tempo devido a divisão sexual do trabalho iniciada pela revolução feminista. Antigamente, a família era soberana e o pai tinha a função de prover autoridade, segurança física e financeira. Hoje não se ouve mais falar em um modelo de pai. 

Os pais perderam suas identidades, enquanto cada vez mais vemos mães assumirem todas as responsabilidades sozinhas na educação e sustento dos filhos.

A ausência paterna, ou mesmo presente, mas sem cumprir suas funções paternas, é um fenômeno social alarmante que gera inúmeras consequências conhecidas, como o aumento da delinquência infantil e juvenil. Esta ausência paterna causa comportamentos agressivos devido ao sentimento de insegurança desenvolvido pela criança; causa isolamento social por não conseguir seguir leis, regras e nem respeitar autoridades; depressão infantil; neuroses de ansiedade; TDHA; distúrbios de sono; fobias; dentre muitas outras doenças que tem por de trás um histórico de pai ausente.   

O papel do pai tem origem no próprio Deus, nosso Pai e Senhor. Tornar-se pai é ser semelhante a Deus, amar, cuidar e se importar com os filhos. 

Deus está presente em cada pai que se esforça ao máximo para criar e cuidar daqueles que estão sob seu cuidado. 

O pai deve presidir a família com amor e retidão, atendendo suas necessidades e os protegendo. O pai é o tutor dos filhos de Deus e deve ensinar aos filhos e guiá-los no caminho da fé e da verdade. É responsável perante ao Senhor pelo modo como educa, pois: ¨Eis que os filhos são herança do Senhor¨.

Palavras bondosas e atos de carinho com os filhos conseguirão dominar sua natureza indócil muito melhor do que com a vara, castigos e gritos. São Dom Bosco teve um sonho no qual teve esta revelação. Mas e agora? Esta escrito: ¨A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe¨{Provérbios 29:15} e ¨O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que ama, desde cedo o castiga¨  { Provérbios 13:24} estas citações nos ensina a fazer correções sábias, pontuais e prudentes. Assim também, São Dom Bosco, em meio a um tumulto de jovens arruaceiros, usou da “vara” para contê-los. 

Os filhos que vivem sob o amor e bondade do pai, quando fazem algo errado e recebem a reprimida deste pai que se afasta, se sentem mais castigados do que se tivessem recebido uma punição física, porque perder o amor do pai é como uma alma lançada no inferno que sofre sem o amor de Deus. É pela fé, bons exemplos e orações que tornamos nossos filhos obedientes.

É preciso manter o equilíbrio dos dois papéis: mãe e pai. A mãe é flexível, amável e afetuosa. Já o pai deve prover a formação de caráter e personalidade. O pai deve mostrar ao filho que a vida não é o aconchego dos braços da mãe, mas também trabalho, que não é só sucessos, mas também fracassos. O pai põe limites e valores morais e éticos, sendo o alicerce familiar. 

A soma dos dois (pai e mãe), formam um ser humano equilibrado e preparado para a vida. Sendo assim, os pais são únicos e insubstituíveis!


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