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Autoridade e Obediência – Parte II

“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.” Efésios 6:1

Para começarmos a entender nossos filhos, nada melhor que do começarmos a entender nós mesmos. Pense bem: Caso eu não obedeço minha melhor forma de fazer as coisas, não vou conseguir me desenvolver como preciso e nem servir as outras pessoas como gostaria. O ato de não servir os outros nos deixa vazios e medíocres. Mas o que ao certo precisamos desenvolver? As Virtudes! Senão tivermos virtudes não teremos autoridade verdadeira sobre nossos filhos.

Precisamos conseguir negar nossas inclinações. Dado que para nós adultos, que temos mais recursos intelectuais formados do que uma criança, já é tão difícil superarmos nossos vícios e desenvolvermos habilidades e virtudes, imagine para uma criança? Não podemos cobrar deles uma santidade que não temos. 

Nós temos uma visão muito mais clara do que é o Bem, já a criança não.  O que ela consegue alcançar, não é um Bem que ela consegue enxergar lá na frente, mas sim a confiança que ela tem em nós pais, de que aquilo que dizemos, será mesmo o melhor para ela. Somos o reflexo da verdade, do bem e da beleza para criança. Portanto, se ela vê em nós, uma aprovação do que ela está fazendo, ela entende que aquilo de fato é um bem, que aquilo é para ser feito, ela não consegue transcender. Inclusive, sabendo disso, está aí a importância de oferecermos a eles só coisas que prestam, tais como: boa literatura, boas músicas e acima de tudo, a piedade Cristã. Pois de nada adiantará trabalhar a obediência se o foco dos pais não for criar elegíveis santos para o céu. Por isto, quando seu filho chegar na idade da razão, busque com foco e urgência um bom sacerdote para ofertar a ela o sacramento da confissão e da Eucaristia, nada será mais importante em seu desenvolvimento a partir daí. 

Precisamos ter estes fundamentos antropológicos na nossa cabeça, para que não nos irritemos com facilidade e saibamos agir com as crianças de forma razoável. 

EDUCAR A VONTADE: 

Deus é de tamanha perfeição que nos confiou seu grande tesouro, por assim dizer, um príncipe submetido ao cuidado encorajador de camponeses. Sabemos que temos de educar para a Santidade, por isso, enquanto nossos filhos forem pequenos, nós devemos ajuda-los neste percurso. Por outro lado, eles precisam se esforçar para aprenderem a diferenciar o que é Bom, Belo e Verdadeiro, e principalmente a desejarem fazer o que é certo, e para isso, é de suma importância ajudá-los a construir o seu arsenal de força interior, a fim de conseguirem atingir aquele bem que é árduo e difícil.

“Os ideais que iluminaram o meu caminho e que de tempos em tempos me dão nova coragem de enfrentar a vida com alegria são a bondade, a beleza e a verdade.” – Albert Einstein

Uma vez que a criança sabe escolher e desejar o melhor, aí SIM, estaremos no caminho certo. Pois, só Deus sabe por quanto tempo estaremos ao lado deles. Não podemos ser as muletas de nossos filhos, precisamos conseguir que ele tenha capacidade de fazer isso sozinho, por isto que a superproteção também é um mal.

“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” Provérbios 22:6

Na hipótese de deixarmos nossos filhos estudarem da forma como querem, o tempo que quiserem e como desejar, eles desenvolverão o hábito da “esculhambação”, o hábito de fazer as coisas de qualquer maneira, sem tempo, sem amor, sem dedicação. Você está esperando dele uma resposta de uma forma que você não o ajudou a desenvolver, o hábito do estudo de forma correta. 

“Ah, mas ele já sabe. Ele sabe que ele tem que estudar”. Não adianta você falar. É preciso ajudar o seu filho a desenvolver o hábito do bom estudo. 

A vontade, é justamente essa capacidade humana que governa o nosso comportamento e faz com que a gente escolha o bem, e não o mal; Nós precisamos ser essa vontade auxiliar para os nossos filhos. Consinta: a vontade dos nossos filhos está em formação! 

Quando a criança chega por volta dos 12 anos, ela vai descolar dos pais como centro de todas suas influências e autoridade. Nesse momento, vem à importância de outras pessoas no círculo social da criança, para que ela descole dos pais e se volte para pessoas que tenham essa autoridade de influência sobre ela. Ajude-a formar este ciclo de convívio santo, de uma forma que os que a cercarem continuem o que você fez com ela quando era pequena, e guiá-la, para que ela desenvolva suas capacidades, melhore as suas qualidades, melhore os seus defeitos; que desenvolva o seu temperamento. Entendeu a importância de formarmos um bom círculo de bem querência e convivência?

Voltemos para obediência… Instaurar uma boa rotina em seu lar, o ajudará a formar filhos obedientes, pois a rotina bem internalizada evita os mandos e desmandos, além de todos os benefícios para a alma.

Não deixe que o vício da desobediência se instaure em seu lar. Caso você não esteja certa de que a criança vá lhe obedecer naquele momento, não fale. Parece uma coisa simples. Mas são nessas pequenas coisas que a criança consegue entender: “Bem, minha mãe pede, e nem sempre eu preciso fazer”. Não pode ser assim. A obediência tem que ser constante, imediata, e precisa ser uma obediência alegre. Sim, a criança precisa obedecer com um sorriso no rosto. 

“Que todas estas palavras que hoje lhe ordeno estejam em seu coração. Ensine-as com persistência a seus filhos.”
– Deuteronômio 6:6-7

Em suma, precisamos ajudar que as crianças consigam fazer obedecer dessa maneira, de forma imediata, alegre e constante. Para isto lembremos: temos que trabalhar nossa autoridade através da NOSSA formação de virtudes, termos uma boa formação de hábitos no lar, falarmos com autoridade, formarmos um imaginário santo e sadio para nossas crianças, não nos irarmos (ira nada mais é do que um descontrole egoísta de alguém que está fazendo algo que não gostaria de fazer) e por último, não deixe uma atitude incorreta prosseguir. Caso contrário, você estará reforçando que a criança pode agir contra a própria consciência. 

“Então disse Jesus: “Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas” Mateus 19,14


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