Como pais responsáveis buscamos a cada dia dar nosso melhor aos nossos filhos. Para isso, escolhemos com muito cuidado, carinho e atenção os lugares e pessoas em que nossos filhos frequentarão e assim, se relacionarão.
Como católicos, buscamos com o outro um convívio, santo, sadio e fraterno.
Neste aspecto nos é viável fazer menção a parte inicial ao artigo III da LDB 9.394/96, que diz: “A educação é dever da família”.
Como católicos precisamos recordar a citação do nosso catecismo, que diz:
- §2221 – DEVERES DOS PAIS A fecundidade do amor conjugal não se reduz só à procriação dos filhos, mas deve se estender à sua educação moral e formação espiritual. “O papel dos pais na educação é tão importante que é quase impossível substituí-los.” O direito e o dever de educação são primordiais e inalienáveis para os pais.
- §2222 – Os pais devem considerar seus filhos como filhos de Deus e respeitá-los como pessoas humanas. Educar os filhos no cumprimento da Lei de Deus, mostrando-se eles mesmos obedientes à vontade do Pai dos Céus.
Aqui vamos explanar um pouco, o ambiente de sala de aula para as crianças. Para nossos filhos, esse é o lugar por antecipação onde exercem os aspectos de relacionamento com o outro e com sua própria aprendizagem. Sobre esta, é na sala de aula que expõem suas habilidades e fragilidades.
Assim, as armadilhas da modernidade encontram na sala de aula oportunidades de dar seu “ bote”. E como isso acontece?
Com a imersão dos relacionamentos nas redes sociais, nossas crianças desejam ser atendidas imediatamente, não são capazes de refletir nas competências humanas básicas, por exemplo, como manusear os materiais escolares, com o proposito de aprender as habilidades simples, sem perguntar, apenas pensando, superando a frustação em errar, para desfrutar do direito de aprender.
Por que será que isto está acontecendo?
Nós pais, estamos nos distanciando das simples e honrosas tarefas de sermos exemplos aos nossos filhos.
Olhamos muito para nossos celulares, afinal é uma necessidade de nosso tempo. No entanto, deveríamos olhar nos olhos de nossos filhos, com o mesmo afinco e atenção.
Ouvimos músicas, conversas, debates, vídeos… por isso, deveríamos ouvir com atenção nossos filhos; uma atenção profunda e não alienada.
Queremos que nossos filhos sejam plenos em sua convivência com o próximo, afinal somos católicos e buscamos a santidade, mas educamos para o medo, para o preconceito e o orgulho.
Desse modo, como podemos ajudar para lutar contra essas armadilhas?
Acreditamos que um dos caminhos é o resgate da autoridade resiliente e consciente.
Mediante os comportamentos das crianças em sala de aula, observamos o clamor delas a esse resgate da autoridade, dia após dia.
A autoridade com hierarquia, com amor, a autoridade que vem do coração de Nosso Senhor a nós. Contudo, necessitamos emergir da armadilha da passividade nociva para alcançarmos a autoridade resiliente.
Assim sendo, por amarmos nossos filhos, exerceremos a autoridade resiliente, por amarmos nossos filhos formaremos e não só informaremos, por amar nossos filhos, colheremos os sofrimentos advindos da prática desta autoridade, e desse modo, colheremos os frutos da vivência desta via de santidade.
Vamos avante sempre com confiança em Deus!