Paz sobre a terra, justiça e caridade!

Como o homem vivia cem anos atrás?

O século XXI é o resultado de um bom investimento para seus idealizadores, porém péssimo para as gerações presente e futuras.

Os hábitos mudaram, os valores se inverteram. As famílias, as escolas e o convívio entre as pessoas já não são os mesmos de gerações passadas. 

As histórias de pouco menos de um século atrás, por exemplo, de longas viagens a cavalo; ou ainda a de meados do século XX em que moradores da zona rural iam à missa dominical quilômetros de distância de carroça ou a pé com mais de uma dezena de filhos, sempre dispostos é difícil de imaginar? Por quê? Porque se tem o acesso a quase tudo de forma muito acelerada e bem mais fácil que a um ou meio século atrás. O século XXI foi moldado para o imediatismo, para o mínimo esforço até de imaginar. Pois bem, e apesar de toda a “demora” em se concluir uma atividade antigamente, ainda se encontrava tempo para contar histórias aos filhos, para rezar em família, para visitar um doente e para conversar com os vizinhos. Tinha-se equilíbrio emocional, fazia-se tudo a seu tempo e fazia-se bem-feito. A vida tinha sentido, e as dificuldades eram lidadas com naturalidade. A grande maioria das pessoas acreditavam no transcendente e sabiam qual a sua essência.

O que mudou? Qual seria a “maçã” oferecida nos dias de hoje para afastar o homem de sua finalidade, de sua essência? 

Pode-se dizer que o acesso à internet, mais especificamente através do celular, tem sido um dos instrumentos para o declínio do homem. Estudos comprovam que existe uma intenção, uma estratégia em viciar as pessoas para assim as dominar. Utilizando da fisiologia humana estimula-se a produção de dopamina que é o neurotransmissor que tem a função de levar a espécie humana à caça a fim de se receber uma recompensa. Uma vez que o nosso cérebro foi feito para a escassez, o excesso de liberação desse neurotransmissor provoca desequilíbrio e consequentemente vício semelhante ao funcionamento de um cérebro de usuário de drogas (constatação através de estudos de Nora Volkow, diretora do instituto Nacional de abuso de drogas, em Washington). 

A adicção pelo uso de celulares tem ocasionado sintomas disfuncionais como desânimo; falta de foco; apatia; ansiedade, depressão, falta de sentido na vida e para muitos um pavor da morte.

Qual o objetivo de causar o vício? 

Para alcançar os seus propósitos e interesses, disseminando a pedagogia revolucionária, os globalistas do metacapitalismo utilizam o funcionamento cerebral a seu favor através, principalmente, do uso de telas.

Inúmeros malefícios tem-se colhido dessa engenharia, tais como: o esquecimento ou talvez a privação ao homem da descoberta de sua finalidade e essência, privação da descoberta de que possui uma alma;  o homem foi induzido a criar necessidades, tornando-se escravo delas; o homem passou a cultuar a si mesmo; deixou de buscar a verdade nos estudos emburrecendo-se; não faz uso da memória; acredita em falsas narrativas, formando ação revolucionária; adere facilmente a ideologias aceitando-as como normais e corretas; deixou-se adestrar e tem agido como bicho; tem sido usado como massa de manobra para a destruição dos pilares da sociedade: religião, cultura, família e o direito. 

O homem tem essência e existência. O homem, ao contrário dos animais, possui alma. Conforme a sua essência, tem uma finalidade. Buscar o céu. Deus criou os seres humanos para que um dia o contemplem face a face no céu. Visão beatífica. Santidade. Felicidade. A natureza humana, a saúde do ser humano, o funcionamento do corpo humano se dá a partir de um padrão inteligente. Alguém pensou o ser humano. Buscar a felicidade onde ela não se encontra interfere profundamente no processo educacional. “Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo” (Jo 17,16).

Justamente por possuir ALMA, somente o ser humano desenvolve doenças emocionais. A diferença entre os homens e os animais está na finalidade de sua existência. O homem é livre e consegue controlar a sua vontade quando iluminada pela luz natural da razão, algo que não se tem nos animais.

Qual a melhor fase da vida para se inserir uma ideologia?

Antes dos sete anos de idade, o ser humano tem muito mais semelhanças com a realidade animal do que com a realidade humana. Por quê? Porque a criança não tem ainda o uso da razão e argumentos não funcionam muito bem com elas. A criança agirá conforme a recompensa e punição. Certo e errado. Aprovação e rejeição. Existem várias formas de se punir.

Nossa Senhora apareceu em sonho para Dom Bosco lhe mostrando que não é com a violência que se educa as crianças. “Fala-lhes da feiura do pecado e da beleza de se amar a Deus”.

Criança entende o que é feio e o que é bonito (estética).

Antes da idade da razão existe “muito adestramento”. Após, inicia-se o movimento com outro organismo, verdades, formação a partir de argumentos. Posto isso, justifica-se o porquê de as crianças serem alvo de ideologias na internet (músicas, vídeos, jogos, desenhos) crescendo com sérios problemas emocionais justamente por irem contra a sua essência e por serem privadas de qual é a sua finalidade. Não acreditam no transcendente. Não têm esperança. Transformam-se em adultos desordenados e egoístas que não sabem se relacionar e se desgastar por ninguém. 

 “Para entender porque há tanta discussão sobre a educação é bom recordar que a educação é uma questão absolutamente crucial para as ideologias. Todos os que querem criar um homem novo tentam influir na educação, porque é muito difícil mudar um adulto.” Inger Enkvist. Educação: Guia para perplexos. Editora Kirion.

O início do processo de cura é o conhecimento de si mesmo. É preciso buscar a Verdade. É preciso ter consciência de que o combate do ser humano na Terra é espiritual desde a sua criação.


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