Pensar em santidade muitas vezes nos remete a algo infinitamente longínquo e remoto, visto que pelas misérias humanas é quase impossível, principalmente nos tempos atuais, supor que alguém possa ser santo, desconsiderando o auxílio da graça.
Refletindo sobre essa premissa podemos relembrar algumas histórias da vida de santos que nos eleva a alma e faz luzir esperanças de conversão.
Um exemplo é a Santa Olga de Kiev.
Por volta do ano 860, nascia o primeiro estado eslavo oriental, que passaria para a história com o nome de Rus de Kiev, o Príncipe Igor, descendente de Rurik, assumiu a soberania. Havia ele se casado em 903 com uma jovem de origem varegue chamada Olga, nome derivado do nórdico Helga que significa, curiosamente, sagrado ou santa.
Olga era pagã, assim como seu marido e sua gente, e ainda correria certo tempo até a graça operar em sua alma a surpreendente transformação que levaria o Patriarca de Constantinopla a saudá-la com estas palavras: “Tu és bendita entre as mulheres russas, porque amaste a luz e rejeitaste as trevas. Por isso os filhos da Rússia te hão de bendizer até a última geração”
Com o assassinato de Igor, Olga passa a ter a regência para governar, já que seu filho não tinha idade suficiente.
Olga, assim como muitos de nós, não conseguia controlar os maus ímpetos de seu próprio coração. Agindo de forma contrária à religião cristã e com sentimentos de ira, planejou uma terrível vingança ao povo que executou seu marido.
No decorrer do sec. X a fé cristã timidamente foi penetrando Rus de Kiev, graças à alguns missionários. A princesa Olga, com o recebimento da notícia ficou curiosa e uma violenta inquietação transpareceu em seu interior. Foi então que ela solicitou a presença de um sacerdote para uma entrevista particular, fazendo questionamentos referentes à “nova religião”. Embora as verdades explicitadas pelo sacerdote tenham invadido sua alma, Olga estava ávida de buscar mais informações e, constantemente interrogava outros cristãos e visitava igrejas, até que por volta de 955, foi batizada em Constantinopla.
Retornando à Kiev, Olga tentou incansavelmente a conversão do filho Sviatoslav à verdadeira Fé, mas ele recalcitrante, temia a zombaria do povo .
Em 969, Santa Olga atravessou os umbrais da eternidade, tendo ordenado que à sua morte não deveriam promover as tradicionais honras funerárias pagãs, pois queria que os últimos ritos sobre seu corpo fossem os Sacramentos e bênçãos da Santa Igreja.
A história de Olga é um refrigério em meios a tantos percalços que enfrentamos na busca da santidade. É a luz em meio às trevas, é a mão de Nosso Senhor Jesus Cristo diante de nossas desprovidas almas, derramando sua infinita benevolência e abrindo os caminhos que nos levarão ao céu.
Respostas de 2
Santa Olga ! Rogai por nós 🙏
Que Nosso senhor Jesus Cristo, derrame sempre graças para que possamos enxergar nossas falhas e nos arrependermos !
Santa Olga rogai por nós!