“O grande” começa com pequenas coisas. Essa afirmação bem lógica talvez seja difícil de aceitar na vida cotidiana, sobretudo porque exige paciência e perseverança. Somos filhos de Deus, O Altíssimo, e somos chamados a imitá-lo (Ef 5,1). Inclusive trazemos dentro de nós esse desejo e admiração por tudo aquilo que reflete a grandeza e a beleza de Deus. E de fato, fomos feitos para isso, para voar alto, bem alto e chegarmos no céu. No entanto, assim como O Verbo se encarnou e habitou entre nós (Jo 1,14), se rebaixou, precisamos também muitas e muitas vezes, todos os dias, inclinar-se com caridade sobre as pequenas coisas que A Vida nos oferece. É justamente por meio de pequenos exercícios cotidianos que chegaremos às coisas grandes. Na multiplicação dos pães (Jo 6,9) e na parábola dos talentos (Mt 25,21) vemos que é preciso trabalhar com zelo sobre o pouco que temos a disposição. O que tenho em mãos hoje, agora, é o que eu devo cuidar, amar, trabalhar, desenvolver e com A Graça multiplicar. Para subir é necessário primeiro descer, por amor. Debruçar-se sobre o solo de nossa vida e semear as poucas sementes, oferecer os poucos pães e peixes, desenvolver os