Quem nunca ouviu a belíssima e encantadora oração de São Francisco de Assis, cantada ou rezada? É interessante observar como, para cada momento de nossa vida, um trechinho ou uma palavra dessa oração ressoa diferente… com mais profundidade, clareza e sentido. Na frieza e indiferença generalizada em que vivemos, parece que essa frase cabe muito bem para uma reflexão: Compreender que ser compreendido… Nossa! Que desafio! Não querer ser compreendido, mas sim dedicar-se em compreender. O nosso eu, birrento, quer ser compreendido sempre e em toda situação. Como, com frequência, não o é, fica ferido e, com facilidade, pode chegar a revolta. Sente-se injustiçado, humilhado, desprezado e torna-se “a vítima.” Realmente a incompreensão é muito sombria e dolorosa, mas pode ser uma preciosa oportunidade para nos unirmos ao grande incompreendido e humilhado Jesus. Como disse São Francisco: O Amor que não é amado! São oportunidades que, por providência, nos tocam para que possamos amadurecer esmagando o orgulho, o egoísmo, o amor próprio e a vaidade. Saímos do centro e, como fez Jesus, colocamos o outro como o mais importante, o merecedor de nosso esforço, dedicação e compreensão. Compreender o outro é olhar para além de sua exterioridade, ou seja, de